IGMI-R ABECIP: Preços de imóveis residenciais mantém tendência de aceleração

A variação dos preços dos imóveis residenciais em setembro (1,76%) foi praticamente idêntica à do mês anterior (1,74%), de acordo com o IGMI-R/ABECIP. Com esse resultado, a trajetória de aceleração da variação acumulada em doze meses foi mantida para as dez capitais analisadas. No resultado agregado para o Brasil, essa variação passou de 12,48% em agosto para 13,81% em setembro.
 
São Paulo apresentou a maior variação no terceiro trimestre (6,87%), enquanto Recife a menor (1,62%) entre as capitais.
 
Nos resultados acumulados em doze meses:
São Paulo (20,17%),
Brasília (14,20%)
Rio de Janeiro (13,06%),
Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Goiânia (em torno de 10%),
Belo Horizonte, Fortaleza e Recife (em torno de 5%)

Esses comportamentos de preços ocorrem em um momento em que a retomada do nível de atividades na economia Brasileira vem mostrando sinais de desaceleração. Se por um lado o avanço da imunização vem permitindo uma recuperação do setor de serviços, por outro o mercado de trabalho ainda sente os efeitos das perdas de nível de emprego e rendimentos reais desde o ano passado.

Entre os fundamentos por trás dessa redução, destacam-se as incertezas relativas ao quadro fiscal, e principalmente o cenário de aceleração generalizada de preços de insumos e produtos, com a reação anunciada da política monetária tornando menos favoráveis as condições de crédito. Ainda de acordo com os resultados mais recentes da Sondagem da Construção Civil, esses fundamentos implicam em um recuo na percepção dos empresários da demanda prevista por edificações residenciais em setembro, como pode ser visto no gráfico abaixo.
 
Os impactos do aumento das incertezas sobre o ritmo de retomada da economia e das elevações generalizadas nos preços de insumos e produtos irão condicionar a continuidade da aceleração dos preços nominais dos imóveis residenciais no Brasil nos próximos meses.